09/12/2010

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Liberdade é utopia; amor é um sentimento desconhecido; pessoas são dicotômicas. O culpado habita a tua consciência, impregnada por doutrinas e orgulho; pela moral que controverte o teu espírito. É ele o guardião das escolhas influenciadas; aquele que vela o teu sono e o teu show. O substituto da ética. A verdade mais obscura em noites ensolaradas. É o apaziguador entre hipocrisia e moral. É um sentimento epífito do caráter do hospedeiro.
Ele é o sentimento mais independente de todos. Faz da razão seu brinquedinho. Ele é pulso; o teu combustível ou a tua desgraça. É propriamente o criador d’outro sentimento que liga as pessoas, mas que sozinho não é capaz de mantê-las: o amor. Esse sentimento do qual eu falo é a ambição do verbo amar. Ele é o antídoto; o fator-chave das escolhas conflitantes que tu fazes.
Ele te desmoraliza e nem é meio aos outros. Ele é muito mais sagaz: destrói a tua imagem diante dos teus olhos. Ora, agora vais dizer que tu és o maior revolucionário da História? Coragem é uma piada, porque tu já tens um template de vida. Moral, a menina crescida que te desafia; que te acompanha desde tenra idade. Ela é o que determina o que é certo, o que é normal. Repetição. Um livro em branco. Aí é quando ele se manifesta traiçoeiramente como instrumento dessa modinha, pelo ônus de tu viveres [n] uma sociedade hipertensa.
Esse sentimento é criação divina. Intocável pelos homens. Ele regula o comportamento do estar humano. É a maçãzinha que Eva nenhuma consegue alcançar. Humanos estragariam tudo com essa mania de razão. Mal sabem que ela está se vingando por ter sido traída; mal interpretada. Regurgitaram-na. Abriram aquela caixinha e permitiram a liberdade dos males, a despeito de um: esperança.
Ele fora concebido por esta hermafrodita. Tornou-se o pequeno bipolar. Ele é o imã das sensações; antítese. A interseção entre corpo e alma. É o tempo para quem espera. É ameaça para os que perdoam. Ele mente honestamente. É o mundo evoluindo de forma regressa. É o retrovisor e a matemática. Tu internalizas os mandamentos imperativos dele e os refletes no teu rosto. Ele está escrito nas tuas expressões faciais e nas tuas memórias. Ele vive apesar da Moral; da Esperança; da Dúvida; do Orgulho. Porque é disso que ele é feito.

Um comentário:

  1. Em uma sociedade de homo clausus-como diria Norbert Elias-; seres deveras recalcados por tantos bloqueios os impedindo de viver novamente e sentir, fazes a mostra de que ser diferente é possível. Já é hora dos covardes caírem. A nossa consciência há de vencer.

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