13/09/2010

Sociedade careta.

A tua cara é triste
Cara de poeta
Falso poeta
Não sabe brilhar
Brilhar é viver como eu vivo
É ver o que eu vejo
Ter o que eu tenho
É ser como eu sou
É tudo culpa
Da sociedade careta
Que sabe nada
Não sabe amar
Amar é saber conjugar
Tu vives?
Tu vês?
Tu tens? És?

Enquanto isso, tu podes usar o "você".

05/09/2010

Acróstico*

Pouco importam as circunstâncias, amigo
Loucos jamais pedem auxílio à sanidade
Esta abstratividade que compartilhamos
Nos torna hóspedes da felicidade
Os outros não entendem, amigo. 


* Ao meu grande amigo, Ewerton Gomes. 


03/09/2010

Quem vos escreve.


Não sei se esta é a melhor maneira de fazer com que as pessoas me conheçam melhor. Mas prefiro isto a ‘achismos’. Então, apenas leiam e escolham acreditar ou não. Pouco me importa, até. Senti necessidade de escrever isto e socializo com quem se dispuser a ler.
Não entendo a necessidade que as pessoas sentem em ouvir ou ler coisas para sentirem algo. Ora, eu prefiro saber de outro jeito. Prefiro, sempre, a abstratividade. Não falo de indiferença aqui. Não! O que eu espero das pessoas é que elas demonstrem coisas. E que digam, sim. Mas o dizer é tão pequeno se comparado ao saber, entendem? Não seria hipócrita em dizer que eu não gosto de ler ou ouvir coisas agradáveis, mas não sou tola em acreditar em tudo o que me dizem. Medo, eu? Ah, pelo amor de Deus! De quê, já? Podem me chamar de Impulsiva. Não irresponsável! Isso, não. Eu sou sensata, até.
Querem saber? Eu rio da hipocondria que eu noto em muitas pessoas. Tempo, tempo, tempo. O que o tempo tem a ver com a vida, gente? O quê? Pensar no tempo é estar no fim. Eu controlo o meu relógio e sei o que eu quero da vida sem precisar ter medo dela. Não quero muito luxo, não quero glamour e nem quero aplausos. Quero ter o que me basta. Ter o bastante me extasia. Eu acordo todos os dias e digo: “Obrigada, Deus! Estou melhor que ontem!”. Sabem por quê? Porque eu sou o meu único referencial e a competitividade, há tempos, não me assola. Se tu és assim, competitivo demais, estás entre as pessoas mais medíocres do mundo. O que tu tens agora? Um bom currículo? És melhor que o coleguinha de sala de aula? Ou o queridinho do professor? Isso é não ter nada! É não poder ser algo! É não se permitir viver.
Não pensem que isto é desrespeito. Não. Desrespeito é omitir os meus pensamentos. E se há algo que, deveras, me fascina é a autenticidade das pessoas. É disso que eu vivo. Brenda Lee é um livro escrito por vários escritores. A minha participação, apesar de breve, é significativa. Eu conheço todo o resto, porque fui eu quem colocou o resto lá dentro. Eu escrevi a introdução da minha história.
Permito-me ter uma vida com começo, meio e fim: Eu, os outros e o tempo.