14/09/2011

Íris.






E a esperança? Ah, quão bela é a esperança a despeito do mal que ela provoca. Quão bela é igualmente a paixão apesar de despir-se do amor sacramentado na essência humana. Quem nesse mundo poderia abdicar o trono e privar-se da vaidade porque ama?
E o que é amar senão o obséquio da sorte? E saber que a paixão engana os príncipes, mas não os depõe. Seria ridículo descobrir que a beleza da paixão existe apesar de estar tão fora dos sonhos?
Será que o sonho é a única ação verdadeiramente nobre apesar de o verbo não poder ser contemplado pela física?
E o amor?! Os tolos, extremamente felizes, os virtuosos que não precisam ouvir a minha voz, essa voz fraca e igualmente tola para eles, não saberão o que de fato o amor denota.
Eles, com todo o seu altruísmo, serão dominados pela beleza! Sim, a beleza e o gozo da paixão. Mas o amor é uma conquista, uma possibilidade brindada à iminência da felicidade de um infeliz.

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