14/05/2009

Planos


Plano de alienação
Reality para entreter
A novela é escrita
A ignorância em evolução
O povo é coadjuvante
Aderiu à repressão

Plano de saúde
O pobre a espera
Tantos por cento ofertados
Do governo, uma atitude
Para impressionar
O pobre que se cuide!

Plano de igualdade
A Constituição ratificou
Rico e pobre, um paradoxo
Ao negro, liberdade
O povo elegeu o líder
Abandonou a comunidade

Plano de paz
O homem se contradiz
Ignorar não funciona
A guerra resolve mais
Medalha ao vencedor
Matou pelo bem dos demais

Plano de liberdade
“Sim”, disse a criança
Pondo as armas no chão
Anulando a desigualdade
Mas a criança cresceu
E o homem constrói a grade.

4 comentários:

  1. Texto? Perfeito!!!
    Estrutura? Impecável!!
    Suas implicações a respeito da realidade são dignas de aplausos, não somente elogios .
    Concordo com o tom ameno de crítica, o que não agride o leitor. Idéias claras, muito bem impostas por seu maravilhoso vocabulário, que além de abrangente é muito bem aplicado,ao que se vê.
    Parabéns pelas postagens valem a pena o tempo de leitura.
    =*,

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  2. Gostei da 3ª estrofe e sem mais delongas.
    Muito bom, mas sou mais os teus textos em prosa.

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  3. A questão da organização das estrofes e o teu vocabulário foram muito bem encaixados e a idéia de crítica no teu poema. Um poema bem moderno, que critica a atualidade

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  4. "Uma guerra sempre avança
    A tecnologia
    Mesmo sendo guerra santa
    Quente, morna ou fria
    Pra que exportar comida?
    Se as armas dão mais lucros
    Na exportação..."

    (A canção do senhor da guerra- Legiao Urbana)


    Por mais dificil que seja admitir, mas é essa a realidade,
    nossa vida presente e futura...
    procuro definições pra igualdade, paz, saude, liberdade...
    talvez isso seja utopia...

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